quarta-feira, 27 de abril de 2005

Parabéns à Ana Sofia Baptista

Parabéns à Ana pelo nascimento do seu filho Afonso, hoje pelas oito e meia da manhã.
Um lindo bebé com 2.835kg que deixou os seus pais muito felizes! E a nós também. Um abraço e beijinhos de felicidades para a nova família!

Revista Pais & Filhos

Na última Pais & Filhos (Maio) saiu um excelente artigo sobre as Doulas de Portugal e o seu trabalho de humanização do parto.
Queremos aqui deixar um muito obrigada à Jornalista Ana Esteves pela correcção e excelência do artigo!!! E agradecer também a todos quantos nos deram os parabéns pelo mesmo.

Este caminho só foi possível porque contamos com o vosso apoio!

sexta-feira, 22 de abril de 2005

Somos mamíferos.

“Todos os mamíferos se escondem, se isolam para trazer ao mundo a sua prole. Necessitam intimidade. Os seres humanos também. É imprescindível fazer referência constante a essa necessidade de intimidade. (…)
Para trazer ao mundo as suas crias, as fêmeas dos mamíferos devem segregar certo número de hormonas bem conhecidas. As mesmas hormonas se desencadeiam no momento do parto de um ser humano. São libertadas pelas estruturas primitivas do cérebro que temos em comum com todos os mamíferos, ponto de partida de qualquer intento de compreensão do processo de parto na nossa espécie.
(…) Todas as culturas que conhecemos encontraram meios para perturbar o período que rodeia o nascimento e para negar as necessidades fundamentais que compartilhamos com os demais mamíferos.
(…) Tem-se dado uma grande credibilidade às atitudes que se apoiam numa incompreensão fundamental dos processos fisiológicos. Os franceses são responsáveis pelos extravios mais significativos. Assim, Lamaze, obstetra francês, pai da psicoprofilaxia ocidental, dizia e escrevia que uma mulher deve aprender a dar à luz tal como aprende a andar, a ler ou a nadar. Estas indicações despistaram o mundo inteiro, e com o tempo, resultaram numa crise. (…) Foi assim que gerações de mulheres gestantes foram preparadas para o parto.
A interpretação do processo de parto como um processo involuntário que põe em marcha as estruturas ancestrais, primitivas, mamalianas do cérebro, pressupõe desfazer a ideia aceite de que uma mulher pode aprender a parir. Esta interpretação permite, inclusive, compreender que não se pode ajudar activamente uma mulher a parir. Não se pode ajudar num processo involuntário. Somente se pode evitar perturbá-lo demasiado.”

In Michel Odent “El bebé es un mamífero” 1990.
Traduzido e adaptado por Carla Guiomar.

terça-feira, 19 de abril de 2005

Que benefícios trazem as doulas?

A presença da doula produz um clima de intimidade, carinho, afecto e acima de tudo segurança. No que toca à equipa médica, contribui também para a diminuição da sua ansiedade, da pressa, dos receios, e de todas as intervenções médicas daí decorrentes.
Está comprovado cientificamente que o acompanhamento da mãe por uma doula contribui para uma diminuição significativa de intervenções como o uso de oxitocina, fórceps, ventosas e cesarianas, de pedidos de anestesia por parte da parturiente, da duração do trabalho de parto, do risco de complicações pós-parto como febre materna, infecções e hemorragia.
As mães relatam uma experiência de parto mais satisfatória e gratificante, sentem-se mais fortalecidas, e apresentam níveis mais baixos de ansiedade, e níveis mais elevados de atenção e receptividade para com o seu bebé, o que favorece o vínculo precoce. O risco de depressão pós-parto é diminuído.
Para o bebé os benefícios também são evidentes: o risco de complicações e de internamento prolongado é diminuído e favorece-se o sucesso da amamentação.
As vantagens também ocorrem para o Sistema de Saúde, que além de oferecer um serviço de maior qualidade, tem uma significativa redução nos custos, dada a diminuição das intervenções médicas e do tempo de internamento de mães e bebés.

Um Estudo de 1993 por Kennel and Klaus demonstrou que as mulheres que têm uma doula no seu parto experimentam:
  • Redução de 50% na realização de cesarianas
  • Redução em 25% na duração do trabalho de parto
  • Redução de 60% nos pedidos de anestesia epidural
  • Redução de 30% nos pedidos de alívio da dor
  • Redução de 40% no uso da oxitocina sintética
  • Redução de 40% no uso de forceps.

Nas palavras do obstetra brasileiro Dr. Ricardo Jones:

“As mulheres estabelecem entre si um vínculo poderoso e mágico, que a minha masculinidade não pode atingir. A intimidade psicológica, a sintonia e a confiança que uma parturiente estabelece com uma doula é algo maravilhoso, e os resultados catalogados no mundo inteiro reforçam a nossa convicção de que este é um caminho frutífero para o estabelecimento de uma nova postura diante do parto e do nascimento”.

quarta-feira, 13 de abril de 2005

O valor do leite materno

VALOR DO LEITE MATERNO ESTIMADO EM CERCA DE 1,2 MIL MILHÕES DE EUROSPOR ANO

O leite materno produzido anualmente pelas novas mães australianas tem um valor económico de 1,27 mil milhões de euros, de acordo com um estudo recentemente publicado pelo governo da Nova Gales do Sul.

O relatório, elaborado por peritos da Universidade Nacional Australiana, assinala que esse seria o valor de mercado dos 34 milhões de litros produzidos por ano pelas mães australianas. O estudo recomenda às mães que amamentem os filhos até aos seis meses e que alternem o leite materno com as papas e outros alimentos até aos 12 meses.

De referir que se estas recomendações fossem cumpridas, a produção total de leite materno chegaria aos 59,3 mil milhões de euros anuais, segundo o relatório, que indica ainda que o leite materno é mais barato do que os preparados farmacêuticos e que protege os bebés das infecções, diabetes e tendência para a obesidade.
No que diz respeito às mães, o relatório considera que amamentar os filhos reduz o risco de contrair determinados cancros e de fracturas da bacia.

Para Judie Smith, uma das autoras do estudo, amamentar os filhos é um acto de amor, mas "num mundo onde nada tem valor se não for avaliado em dólares ou euros, é necessário explicá-lo com dados económicos" e isso porque, sendo o valor económico do leite materno significativo para a economia nacional, em termos de dinheiro, mesmo assim é subestimado pelos decisores políticos e pelos profissionais de saúde.

FONTE: Agência Lusa, 31 março 2005

terça-feira, 12 de abril de 2005

Parabéns à Graça

Parabéns à Graça pelo nascimento do seu filho Diogo, aqui no Hospital Espírito Santo em Évora.
Parabéns pela coragem em enfrentar os medos, as dúvidas e os receios. Um beijinho grande para vocês!

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Encontro no Porto

Este encontro vai decorrer no Porto no próximo dia 16 de Abril, sábado a partir das 15h’s.

Pretende-se com este encontro em terras do Norte uma troca de experiências sobre a gravidez, parto e pós-parto (já que são estes os principais assuntos que nos unem), dar uma cara aos imensos nomes que têm participado neste movimento de humanização e difundir o carinho, atenção e respeito a que todas as mulheres têm direito.

Este encontro está aberto a toda a gente, mães e pais, grávidas e grávidos, doulas e profissionais de saúde.

Mais detalhes aqui.

terça-feira, 5 de abril de 2005

E Se Eu Quiser Desmamar O Meu Bebé?

Amamentar o seu filho nem que seja por um dia é a melhor prenda que poderá dar ao bebé. A amamentação é quase sempre a melhor escolha para o bebé. Mesmo se para já não parece ser a melhor solução para si, estas directrizes poderão ajudar.

SE AMAMENTAR O BEBÉ DURANTE UNS DIAS ele receberá o seu colostro, ou primeiro leite. Ao fornecer os anticorpos e o alimento que o seu corpo novinho em folha espera, a amamentação dá ao bebé a sua primeira – e mais fácil – “imunização” e ajuda o seu sistema digestivo a começar a funcionar sem sobressaltos. O bebé espera começar pela amamentação, que também ajudará o corpo da mãe a recuperar do parto. Levando em consideração quanto o bebé tem a ganhar e o pouco que a mãe tem a perder faz sentido amamentar ao menos por um dia ou dois, nem que tencione usaro biberão depois disso.

SE AMAMENTAR O BEBÉ DURANTE QUATRO A SEIS SEMANAS ter-lhe-á facilitado a passagem pela parte mais crítica da sua infância. Os recém-nascidos que não são amamentados têm mais hipóteses de adoecerem ou de serem hospitalizados e têm muito mais problemas digestivos do que os bebés que são amamentados. Ao fim de um período de 4 a 6 semanas deverá, também, já ter ultrapassado as suas próprias dúvidas quanto à amamentação. Marque, como objectivo sério, amamentar durante um mês, contacte a LaLeche ou um consultor certificado de lactação se tiver dúvidas, e estará numa melhor posição para decidir se está disposta a continuar com a amamentação.

SE AMAMENTAR O BEBÉ DURANTE 3 A 4 MESES o seu sistema digestivo terá amadurecido bastante e será bem mais capaz de tolerar as substâncias estranhas das fórmulas comerciais. No entanto, se existir um historial familiar de alergias, reduzirá fortemente o risco se esperar mais uns meses antes de adicionar seja o que for à sua dieta de leite materno. Dar apenas leite materno nos primeiros quatro meses dá uma protecção forte, durante um ano inteiro, contra infecções de ouvidos.

SE AMAMENTAR O BEBÉ DURANTE 6 MESES sem adicionar qualquer outra comida ou bebida ele terá menos hipóteses de sofrer, mais tarde, uma reacção alérgica às fórmulas ou outros alimentos; a Academia Americana de Pediatria recomenda esperar até cerca dos 6 meses antes de oferecer alimentos sólidos. A amamentação durante pelo menos 6 meses garante uma saúde melhor durante o primeiro ano de vida do bebé, reduz o risco de infecções de ouvidos e de cancros infantis do pequerrucho e reduz o seu próprio risco de cancro da mama. E uma amamentação exclusiva e frequente durante os 6 primeiros meses, caso o seu período não tenha voltado,fornece uma contracepção 98% eficaz.

SE AMAMENTAR O BEBÉ DURANTE 9 MESES tê-lo-á feito atravessar o mais rápido e importante desenvolvimento da sua mente e do seu corpo com o alimento que foi planeado para ele – o seu leite. Uma amamentação de pelo menos esta duração ajudará a garantir um melhor desempenho durante todo o seu período escolar. O desmame é bastante fácil nestas idades... mas a amamentação também o é! Se quer evitar o desmame tão cedo então deverá estar disponível para amamentar não só para o alimentar mas também para o confortar.

SE AMAMENTAR O BEBÉ DURANTE UM ANO pode evitar a despesa e o incómodo da fórmula. O seu corpo de um ano poderá provavelmente lidar com os alimentos do resto da família. Muitos dos benefícios para a saúde obtidos pela criança com este ano de amamentação durarão para o resto da sua vida. Terá, por exemplo, um sistema imunitário mais forte e menos probabilidades de precisar de terapia de ortodontia ou de fala. A Academia Americana de Pediatria recomenda a amamentação durante pelo menos um ano porque ajuda a garantir a nutrição normal e a saúde do seu bebé.

SE AMAMENTAR O SEU BEBÉ DURANTE 18 MESES terá continuado a fornecer a nutrição, o consolo e a protecção contra doenças que o seu bebé espera e isto num período durante o qual são vulgares as doenças em bebés alimentados a biberão. É muito provável que o seu bebé já esteja bem avançado em alimentos normais. Teve tempo para criar uma ligação forte consigo – um ponto de partida saudável para a sua independência crescente. Tem idade suficiente para que possam trabalhar juntos no processo de desmame, a um ritmo com que ele possa lidar. Um ex-Cirurgião Geral dos EUA disse: “é sortudo o bebé que... é amamentado até aos dois anos.”

SE A SUA CRIANÇA SE DESMAMAR QUANDO ESTÁ PRONTA PARA ISSO poderá sentir-se confiante por ter satisfeito, de um modo muito normal e saudável, as necessidades físicas e emocionais do seu bebé. Nas culturas em que não há pressões para o desmame as crianças tendem a mamar durante pelo menos dois anos. A Organização Mundial de Saúde e a UNICEF encorajam, fortemente, a amamentação enquanto as crianças aprendem a andar: "O leite materno é uma fonte importante de energia e de proteínas e ajuda a proteger contra as doenças durante o segundo ano de vida da criança." A nossa biologia parece orientada para uma idade de desmame entre os 2 1/2 e os 7 anos e faz sentido construir os ossos das nossas crianças a partir do leite que foi planeado para elas. Enquanto continuar a amamentar, o seu leite fornecerá anticorpos e outras substâncias protectoras e as famílias de crianças mais velhas que ainda mamam descobrem, muitas vezes, que as suas contas médicas são menores do que as dos vizinhos, e isto durante muitos anos. Pesquisas indicam que quanto mais tempo uma criança mamar maior é a sua inteligência. As mães que amamentam durante muito tempo têm, ainda, um menor risco de contrair cancro da mama. As crianças que mamaram durante muito tempo tendem a ser muito seguras e têm menos hipóteses de chuchar no dedo ou de andar com um cobertor. A amamentação poderá ajudar ambos a ultrapassar as lágrimas, birras e trambolhões da primeira infância e ajuda a garantir que quaisquer doenças serão menos sérias e mais fáceis de tratar. É uma ferramenta materna para todos os fins que nunca quererá que lhe falte! Não tenha medo de que a sua criança mame eternamente. Todas as crianças param por si mesmas, faça o que fizer, e há por aí muito mais crianças crescidinhas que ainda mamam do que poderia imaginar.

QUER AMAMENTE POR UM DIA OU POR VÁRIOS ANOS a decisão de amamentar o seu filho é algo de que nunca se arrependerá. E quando chegar a altura do desmame lembre-se de que é um grande passo para ambos. Se escolher desmamar o seu filho antes de ele estar pronto faça-o gradualmente e com amor.
(Se precisar de conselhos de amamentação pode também contactar as Doulas de Portugal que a porão em contacto com as consutloras da La Leche em Portugal)

2000 Diane Wiessinger, MS, IBCLC 136 Ellis Hollow Creek Road Ithaca, NY14850

Agradecemos à futura doula Natália Fialho o envio deste belíssimo texto.

domingo, 3 de abril de 2005

Parabéns à Berta

Muitos parabéns à Berta e ao Carlos pelo nascimento do seu filho Daniel, hoje, domingo, por volta das 4 da madrugada. Um belíssimo trabalho de parto e parto fisiológico, sem intervenções desnecessárias e antes da parteira chegar. Os parabéns merecidos à Doula Ângela Coelho pela sua serenidade e apoio a esta nova família. Que maravilha poder ver bebés nascerem sem procedimentos pertubadores de um processo que é tão natural! Parabéns a todos!